Me lembro que há quatro anos atrás, tudo o que eu queria era um aumento de mesada, o dinheiro que meu pai me dava mal chegava ao fim do mês. Depois meu sonho era fazer 18 anos para ter mais liberdade e entrar em qualquer lugar sem ter medo de apresentar a identidade (previsível né?). Eu nunca estava satisfeita, já quis um estágio, um celular novo, um namorado, um vestido, um ingresso para o Rock'n'Rio, uma carona, uma companhia, uma nota 10, um par de pernas grossas, uma barriga chapada e também já desejei um quarto maior. Eu tenho essa mania de pré-tencionar algo para o futuro ou qualquer coisa a curto-prazo. Apesar de todas as minhas ambições sejam elas infantis ou não, tudo o que eu mais quero agora, no auge da minha maioridade, é me deixar em paz e aceitar todas as condições que a vida impôs sobre mim. Meu desejo é permitir que o destino aconteça, sem punições por ter dito não para um amigo ou sofrer quando falho em alguma situação. Talvez parar de pensar antes de dormir, seja a solução correta, porque é antes de fechar os olhos que mais me martirizo. Lembro dos pecados, dos passos em falso, dos tombos, das críticas e muitas vezes coloco sobre mim a culpa que nem me cabe. Planejo o futuro, acredito em dias melhores, continuo atravessando os dias e não me permito parar, respirar, tranquilizar, aliás, tranquilidade é um luxo ao qual não me presenteio. Se como uma fatia de pizza a mais, é motivo para passar fome no dia seguinte, se termino um namoro, é o fim do mundo e ai de quem disser que eu arrumo coisa melhor em breve. Se a raiz do cabelo cresce, é desespero na certa! Minhas cobranças são desde os mínimos detalhes, porque não simpatizo muito com a palavra derrota. Mas depois de tanto querer resolvi me dar uma trégua, acho que um pouco de quietude não faz mal a ninguém. Minha paz interior vale mais do que algumas calorias ou uma desilusão amorosa. Fazer as pazes comigo passou a ser prioridade na minha enorme lista de desejos. Não quero perder o rumo, nem retroceder, só acredito que posso ir muito mais longe caso conduza a vida com leveza, porque ninguém chega ao pódio por imposição. O destino me fará alcançar aquilo que é meu por direito, mesmo que para isso eu precise cair algumas vezes.Vou me permitir ser principiante ao invés de veterano em todas as jogas da vida.
Trace seu caminho ou a vida te atropela
domingo, 14 de abril de 2013
domingo, 27 de janeiro de 2013
A falência do amor próprio
E ela permanece sentada no sofá todos os dias vendo a vida passar e mendigando amor, enquanto ele acumula gargalhadas, porres e noitadas...Até o dia que cansar-se e resolver que é a hora de voltar para a velha ex que já perdeu o amor próprio faz tempo e se contenta com meia dúzia de mentiras e promessas nunca cumpridas.
Aquela ex que antes de namorar ele dizia nunca mais cair numa 'furada' novamente porque já havia aprendido a lição em seu relacionamento anterior. Só que de uma maneira bem real ela de repente engoliu as próprias palavras á seco, sendo embalada por um enredo pouco parecido com contos de fadas,repleto de mentiras e atuações.O costume confundiu o amor que foi cercado por medo, dúvida e comodismo, sentimentos totalmente cheios de insegurança que configuraram na morte precoce da auto-confiança dessa mulher que preferiu submeter-se a migalhas de carinho e minutos de atenção à ter que voltar a caminhar sozinha. Medo? Talvez. Amor? Alguns acreditam que sim, mais eu me nego a crer que em pleno século XXI ainda existam mulheres capazes de abdicar do amor próprio em função de um relacionamento falido para manter status perante a sociedade que ainda exige que antes dos 30 a mulher se case ou do contrário será infeliz para sempre. Nada justifica um pensamento tão descabido, muito menos um namoro em que ele dita as regras e ela aguarda fielmente o 'bonzão' se cansar das farras e voltar dizendo sempre a mesma frase: 'Dessa vez vamos começar do zero'.
Que tal iniciar o caminho de uma maneira realmente diferente? Desafia o destino garota! Ao invés de acreditar nele e esperá-lo mudar, ordene isso a você. Acredite, mude e confie em si mesma, porque é humilhante e pesado demais depender de outra pessoa para ser feliz.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Verdade Nua e Crua
Nos tempos do 'eu te amo' sem nunca ter amado e do 'eu sinto sua falta' sem nunca ter sentido, o que nos resta é oportunidade de ter alguém sincero ao lado. Ele nem precisa estar inteiramente ali,não precisa ir fundo, mergulhar, se jogar...seja lá como for, o fato de dizer somente 'eu estava pensando em você' já está de bom tamanho. A gente não quer amor, esse A.M.O.R com todas essas letras, significados e interpretações. A ideia de ter alguém para te ligar e do outro lado da linha dizer que estava com saudades já preenche o vazio ou a carência. Tudo isso sem todas aquelas regras pré estabelecidas pelo amor, que é grande, impactante e usado como escudo para milhões de mentiras que o povo inventa nas relações. 'Eu fiz isso por amor!' ou 'Eu pensei que você me amasse'... Que saco!
A gente só quer se ver livre das enrolações e do jogo de cintura.A verdade é que não precisamos viver alimentando-se de confusões emocionais,nossa satisfação vai muito além do status de relacionamento. Queremos algo mais leve,sem cobranças, sem desesperos, sem a ideia do 'sem você não existo,não vivo e não respiro'...A gente só quer a realidade acompanhada da verdade, e caso ela for dura, a gente aguenta, por dentro tem muito mais que carne e osso,se não disser 'eu te amo' não tem problema, só marca presença, arranque uns sorrisos, delimite-se num bom papo, se interesse pelos assuntos que o resto a gente interpreta como quiser. Sem aquela ideia de contos de fadas, de eterno, de Forever ... Só exigimos a realidade nua e crua, sem espaço para mentiras, trapaças e historinhas.
No meio de tantos pesadelos reais, aprender a conviver com a realidade é uma solução. Tudo o que a gente não quer é ser surpreendido com o fim do felizes para sempre.
Vanessa Lima
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Os outros
"Eu sei quem sou, os outros, apenas me imaginam." (Martha Medeiros)
Essa frase não me sai da cabeça, durante esses últimos dias. Ela diz a verdade de forma simples e direta.Eu sei que eu sou sincera, alternativa, irônica e louca,esses meus tantos adjetivos são indiscutíveis, eles fazem parte de mim, é como se fossem membros. Tenho lá minhas qualidades,que ficam guardadas pra mim e só mostro para quem deve, para quem mereça ver, perceber e sentir. Não posso cobrar que gostem de mim ou impedir que apontem meus defeitos. Se não me conhece e tem uma imagem negativa formada a meu respeito, parte dessa culpa é minha por não mostrar o melhor que tenho. Eu assumo essa culpa, eu coloco ela toda em cima de mim. É isso mesmo e pronto!
Porque é de segunda á sexta,que eu me mostro. Cumpro todo o meu dever como cidadã, funcionária, filha, estudante e todos os outros papeis que exerço, entre noites mal dormidas, pautas jornalisticas e provas da faculdade. Tudo o que me mandam fazer eu faço. Obedeço hierarquias,quebro a minha cabeça e sou responsável no trabalho.
Agora me diz ...
Eu devo mesmo me importar com a opinião dos outros? Quem são esses outros?São pessoas tão ocupadas como eu? Sei lá, pouco me importa. A verdade é que eu me dou o direito de sábado e domingo ser sem limites, Sim! Acho justo beber um pouco a mais de vez enquanto, dançar até a perna doer, chegar de madrugada em casa e acordar a hora que eu quiser, nos meus dias de folga. É bom as vezes não seguir regras,protocolos, roteiros... é bom acelerar um pouco. A vida já é cheia de freios de segunda á sexta, e por isso, seja quais forem os meus prazeres, aos fins de semana, eles serão devidamente cumpridos. Se exerço tão bem o meu trabalho nos demais dias da semana, nada mais certo do que aproveitar minhas horas de desafogo.
E quanto aos outros,eles continuarão sem me conhecer, sem me entender, sem ver o meu intimo, o meu sensível e o meu sincero, eles serão sempre os outros e talvez eu continue sempre alimentando a imaginação deles aos fins de semana,é claro.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Exposto ao sol
Você se arruma toda, coloca tudo o que é necessário na bolsa e não esquece do protetor solar, afinal todos nós sabemos dos danos que os raios ultra-violeta em excesso causam a saúde.
Chega no local, olha de um lado para o outro, forra a canga, senta rapidamente,fixa os olhos no mar e fica ali, intacta, enquanto sua cabeça trabalha em milhões de pensamentos incluindo a sua barriga flácida,o seu cabelo que não se dá bem com a água salgada,as suas celulites e etc.
Aposto que com varias pessoas já aconteceu isso.Foi a praia e voltou seca, nada de entrar no mar, só ficou um pouco exposta ao sol e pronto! Voltou pra casa suja de areia,mais não soube se quer a temperatura da água.Você permanceceu ali, olhando aquelas ondas,ficando exposto ao sol,mais não se atreveu a entrar no mar. Só que chega um dia em que o sol fica escaldante, que não dá para driblar o calor com um baldinho de água. Não dá para ficar na areia vendo as ondas baterem, você precisa encarar o mar.Tem que levantar, caminhar descalço na areia quente e ficar exposto mesmo,deixar que os outros vejam suas imperfeições, seguir reto e mergulhar.
Existem dias que não dá para evitar, Ou você encara o mar ou o sol te queima.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Colocando para fora
Agora eu cansei,
perdi tempo demais pensando onde eu errei, como deixei as coisas chegarem a um ponto sem conserto, de que forma tudo pode passar diante dos meus olhos e eu não perceber. Fiquei dias mastigando uma história que não descia pela garganta e então, tive que cuspir.
Não quero mais adoecer com tanta culpa, raiva,mágoas...
Não quero que meu corpo padeça por algo que não vingou.
Era cabeça e coração doendo, os dois sentindo a mesma dor.
E se eu cuspo tanto coisa ruim, porque não cuspir vestigios de maus
sentimentos? Vou colocar pra fora tudo aquilo que comprometa a minha saúde, dentro de mim , só fica o que me deixa leve, o que me faz sorrir e que contribui para o meu bem estar.Ando muito mais decidida agora que sei o paladar dos sentimentos.Pela minha garganta só desce o que for bom.Resolvi que nada mais entra na minha vida guela a baixo sem o meu consentimento, e caso contrário, eu cuspo, ou dependendo, eu vomito,sem dó.
perdi tempo demais pensando onde eu errei, como deixei as coisas chegarem a um ponto sem conserto, de que forma tudo pode passar diante dos meus olhos e eu não perceber. Fiquei dias mastigando uma história que não descia pela garganta e então, tive que cuspir.
Não quero mais adoecer com tanta culpa, raiva,mágoas...
Não quero que meu corpo padeça por algo que não vingou.
Era cabeça e coração doendo, os dois sentindo a mesma dor.
E se eu cuspo tanto coisa ruim, porque não cuspir vestigios de maus
sentimentos? Vou colocar pra fora tudo aquilo que comprometa a minha saúde, dentro de mim , só fica o que me deixa leve, o que me faz sorrir e que contribui para o meu bem estar.Ando muito mais decidida agora que sei o paladar dos sentimentos.Pela minha garganta só desce o que for bom.Resolvi que nada mais entra na minha vida guela a baixo sem o meu consentimento, e caso contrário, eu cuspo, ou dependendo, eu vomito,sem dó.
terça-feira, 28 de junho de 2011
O que é felicidade?
Esses dias li um texto interessante de Augusto César Oliveira em que ele retratada a vida nas novelas globais, onde generalizando,todo mundo é rico,bonito e no final...feliz!
Mas pensando bem, felicidade existe?
Felicidade é uma boa carreira,um bom salário, um bom casamento, filhos saudáveis e bem-estar?
Isso pode ser um conjunto de coisas desejáveis,mas ainda assim, não é felicidade. Nesse meio tempo, toda essa vida, pode virar rotina e mesmo que seja boa, vai enjoar e então será necessário uma pausa para entender e ver que mesmo quando tudo está bom, conseguimos achar algum defeito e tornar o que era bom,em rasuável.
Felicidade são amigos verdadeiros, corpo perfeito,pais presentes e boas oportunidades?
Não! Isso são alegrias, ou sorte, quem sabe.
Felicidade não existe.
Felicidade se enquadra em um grau de alegria constante,mas quem é que tem uma alegria constante?
Sempre há um dia que é quase impossivel levantar da cama, em que tudo está ruim e que a gente quer sumir.
Felicidade não é um conjunto de coisas.Casa,carro,viagens e romances.
Felicidade é abstrato,é um conjunto de sentimentos que é possivel sentir eventualmente e não continuamente.
Nós temos a péssima mania de olhar e definir se fulano é feliz ou não, somente pela vida que leva, somente pelo sorriso no rosto.E a realidade é que vivemos de aparência,estamos todos voltados intimamente a desenvolver a nossa própria felicidade.
A verdade é que estamos todos a procura de algo que continue e não simplesmente aconteça.
Mas pensando bem, felicidade existe?
Felicidade é uma boa carreira,um bom salário, um bom casamento, filhos saudáveis e bem-estar?
Isso pode ser um conjunto de coisas desejáveis,mas ainda assim, não é felicidade. Nesse meio tempo, toda essa vida, pode virar rotina e mesmo que seja boa, vai enjoar e então será necessário uma pausa para entender e ver que mesmo quando tudo está bom, conseguimos achar algum defeito e tornar o que era bom,em rasuável.
Felicidade são amigos verdadeiros, corpo perfeito,pais presentes e boas oportunidades?
Não! Isso são alegrias, ou sorte, quem sabe.
Felicidade não existe.
Felicidade se enquadra em um grau de alegria constante,mas quem é que tem uma alegria constante?
Sempre há um dia que é quase impossivel levantar da cama, em que tudo está ruim e que a gente quer sumir.
Felicidade não é um conjunto de coisas.Casa,carro,viagens e romances.
Felicidade é abstrato,é um conjunto de sentimentos que é possivel sentir eventualmente e não continuamente.
Nós temos a péssima mania de olhar e definir se fulano é feliz ou não, somente pela vida que leva, somente pelo sorriso no rosto.E a realidade é que vivemos de aparência,estamos todos voltados intimamente a desenvolver a nossa própria felicidade.
A verdade é que estamos todos a procura de algo que continue e não simplesmente aconteça.
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